terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA, BANCOS DE DADOS ESPACIAIS E ARQUITETURAS

   Dentre os Sistemas de Informações Geográficas mais utilizados destacam-se os proprietários ArcGIS e IDRISI, e os livres Quantum GIS, gvSIG, GRASS e SPRING (embora este não possa ser considerado um software livre, é gratuito e brasileiro), entre outros. No caso dos Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados Espaciais (ou Geográficos) temos os proprietários Oracle Spatial e SQL Server 2008, e os livres PostGIS (extensão do PostgreSQL), MySQL e SpatiaLite (extensão do SQLite, que não é propriamente um SGBD, mas sim uma biblioteca em C que implementa um banco de dados embutido com funções SQL), entre outros.
   Embora seja muito usado na área pela facilidade de acesso local e disponibilidade, o Microsoft Access não possui suporte espacial, no entanto é utilizado (assim como outros SGBDs) através da arquitetura dual, ou seja, os dados alfanuméricos são armazenados no banco de dados e os dados espaciais (o “desenho”) é armazenado em formatos específicos definidos pelo SIG em uso. No entanto, essa abordagem tem uma série de limitações, como a dependência de um SIG específico, acesso apenas local e outros.
   O fato é que, infelizmente, muitos profissionais que atuam na área desconhecem o uso de bancos de dados espaciais e as diversas vantagens associadas ao seu uso (como possibilidade de acesso concorrente, relacionamentos e funções de topologia, manipulação direta de dados espaciais, etc.). Isso se deve a diversos fatores, especialmente a falta de qualificação adequada, o uso do SIG apenas como cadastro, e outros. Mas é importante lembrar que há muito material na internet (especialmente em relação aos softwares livres, devido ao contexto comunitário de seu desenvolvimento e aplicação) e, com alguma dedicação e um pouco de tempo, é perfeitamente possível a um profissional que atua na área limitado por um banco de dados local e/ou sem suporte espacial migrar para um contexto de SGBD com suporte espacial e maior liberdade em relação ao SIG utilizado.
   Após um bom tempo de pesquisas, optei na minha atividade profissional pelo uso do PostGIS e do SIG Quantum GIS. No caso do PostGIS por ter ampla integração com SIGs em geral (praticamente todos os mais utilizados possuem suporte a esse SGBD) e o Quantum GIS foi escolhido por possuir uma interface muito amigável, ser de fácil uso, ter suporte à linguagem Pyton (com diversos complementos) e às ferramentas Sextante, além de não interferir no banco de dados PostGIS (alguns SIGs exigem algumas modificações e/ou adequações no SGBD), mas sempre que necessário (para algum tipo de análise específica indisponível no Quantum GIS, por exemplo) utilizo também outros SIGs.

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